domingo, 11 de dezembro de 2011

Faz-me rir, com gelo por favor

Já fumou? Acende-se o cigarro, traga o que lhe dá prazer solta o que não vai prestar, e pra finalizar batemos a cinza que não vai servir pra nada mesmo. Assim como as paixões, ou qualquer outro sentimento que te traga faíscas de alegria impulsiva e momentânea, sem embasamentos. O ser humano nos faz o favor de sozinhos acabarem com a brasa que eles mesmos nos acendem – depois de sugar até onde os interessa.

A graça está nos olhos de quem vê? A beleza está no interior? O amor somos nós quem construímos? – Onde foi parar a graça das conquistas, as velhas amizades que se preocupam de verdade? O telefonema sincero de saudade, o “meio tempo” para senti-la? Hoje se inverteram os papéis, quem vê graça onde não tem é iludido, quem não vê graça em você é desinteressado. Saudade? Não presta, coloque outra pessoa no lugar! Hoje quem realmente sabe dar atenção a você é seu trabalho. Cansado dele? Largue! Somos brasas que viramos cinzas várias vezes durante o dia, pra nós mesmos a partir dos nossos pensamentos. A verdade é que o egoísmo é tão maior, que na minha cabeça, na tua cabeça o dever é todo seu, seja lá do que for. 


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Achando cadernos

Daquela época em que estudar não precisava ser tão serio, sabe?
Fuçando minhas coisas, tive a maior prova de que quando não temos muitos compromissos, a criatividade é maior do que a vontade de passar no vestibular, principalmente quando aquela amiga específica pega seu caderno pra filosofar um pouco (não sei porque nunca era no dela).. É quando eu encontro a lápis, na penúltima folha do meu caderno, com as interrogações do texto tão curvadas, como quem tem realmente uma séria duvida.
"Será que é verdade que tem veneno de rato no cigarro? Se for verdade, pensa comigo = se algum dia um rato morder um fumante, o rato vai ingerir o veneno de rato que estava no cigarro que a pessoa fumou, e daí o rato morre!"

Meses depois: Choradeira pós vestibular, e ninguém entendeu porque ninguém passou, nem da primeira fase.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

humming

a taça de vinho suja de batom não quer mais servir. muitas garrafas vazias. o pé sai do sapato deslizante e suave, da canela até o joelho como um pano de seda sobre o chão de taco brilhante . lugar vazio a meia luz. sorriso amarelo insinuante. promíscuo. pescoço quer falar, curva-se exibidamente mostrando-se. os olhos fecham-se como quem quer ouvir só se for sentindo, sentindo, sentidos, diz#traindo-se, diz#traindo-me

domingo, 22 de maio de 2011

Sem metade de nada, sigo por essa estrada...

Descobertas maiores fiz depois que aprendi que liberdade era muito mais que nadar menstruada. Não sei por onde começo a riscar a minha listinha da serie "coisas que eu posso fazer". Solteirisse tem limite, já posso criar uma nova teoria? (Eu disse SOLTEIRISSE, e não SOLTEIRONA).
Mas tentando fazer planos mais sérios pro futuro.. Diria que tentando civilizar um pouco as saidinhas, o instinto "cão-gato" e outros extremos afins, pensando mesmo pelo outro lado, deve ser ótimo acordar no sábado, café pronto e maridão relaxando meu mau humor matinal...-Com uma voz rouca de preferência, já que é pra planejar.
Vejo lá fora que o inverno está aí. Resta me informar direitinho onde compra comida para pombos, sentar em alguma praça Curitibana e esperar.
Da ultima vez me informaram um lugar pra comprar tampa para panelas, inventei de comprar, e sabe que quando a comida foi ferver, descobri que ela era de plástico?
As aparências enganam minha gente...

segunda-feira, 7 de março de 2011

When i said goodbye

Ai que saudade de mim.
Tanto leva e trás
Serviço, foco, objetivo
Ai que saudade de mim.
Não ter tempo, não ter mais àquela gente
Que por sinal ainda conto nos dedos
Ai que saudade de mim.
Dinheiro, família?
História mal resolvida!
Ai que saudade de mim.
Quem foi que me levou embora?
Será que foi tão longe assim?
Ai que saudade de mim.
Será que tem telefone?
Será que tem nome?
Ai que saudade de mim.
Seja lá quem for
Me trás de novo, por favor
Ai que saudade de mim.
Eu juro não mais reclamar
Em mares tão distantes assim
Ai que saudade de mim.
Eu tenho até explicação
Pra tanta reclamação
Ai que saudade de mim.
É culpa do coração
Que Deus não fez pra ser só meu
Ai que saudade de mim.
Foi buscar esquecimento
Em outro departamento
Ai que saudade de mim...

domingo, 30 de janeiro de 2011

A lata de lixo de cada um nem sempre é tão secreta assim, eu sei


E porque tanta sensibilidade? Tem gente que sabe onde mexer. Desamassa papéis, molhados de lagrimas ou suores de esforços que não valeram à pena, ou valeram, não lembro mais. Vômito de algum porre, feliz ou magoado, em cima de uma crosta de defeitos e saudade mascarados com sorrisos passageiros. Memórias e memórias rasgadas pela borracha que apagou tanto até rasgar a folha e assim obrigou certas saídas que saíram ou não, mas na alameda da memória ainda aparecem (?)... Quem é que sabe?
Frase, a mesma de sempre: “leve tudo como experiência”.
Papéis, muitos papéis de chocolates devorados ao ápice de uma crise tpêmica, emaranhados em meias notas musicais de musicas que um dia já gostei. Cuspes! Escarrados em pratos que um dia comi. Bitucas e bitucas de um parceiro. Manias e vícios que talvez deixasse pra trás.  Vícios em pessoas, que foram apenas vícios... Na mente só, eu sei... Ninguém poderia entender. Desse lixo algumas tem o mapa, o caminho.. Quem sabe são aquelas que fizeram parte de muitas tacadas? Pessoas.. umas no fundo da lixeira, e outras prestes a serem amassadas e arremessadas ao mais gigante latão que existe no interior de cada um... Não por mim, mas por elas mesmas, se é que ‘se me entende.