É bom contemplar a forma que a vida passa – indo atrás desse
bloco em busca das idéias que possam sugerir a nossa melhor forma de valer, sem
preguiça dos banhos de vírgulas e interrogações.
Do presente que bate na porta todos os dias com algo a
oferecer, até que é válido aceitar mesmo que esse seja um par de meias
aparentemente inútil, ou um bibelô que irá juntar poeira na estante ao envelhecer.
Divago sobre ser ou não ser, e encontro muito mais que uma
questão: Decido apreciar meu comodismo mental com a velha mania de escolha,
acabo propondo um tempo pro próprio tempo pra que eu possa dizer logo pro tal
do destino o quão sua serei, já que cansei de pensar tanto e também não quero me
sentir pronta.
Minhas definições quase sempre dão certo, mesmo sabendo que
o incerto é o nosso preço em ser. Essas coisas são boas de levar a risca, até
abrir a porta e se deparar com uma
dessas surpresas desagradáveis, mas que tem cheiro e sabor de café fresco acompanhado da insistência de um despertador quando se quer 10
minutinhos a mais de sono. Lá vou eu de
novo?