Amo calendários.
Sempre desenhei calendários com os próximos três meses nas ultimas folhas do caderno, principalmente no fim do ano - sempre há mais números coloridos; feriados, dias sem aula... Aquela coisa de informativo, e dias contados pra praia, natal. É! Estava voltando do ultimo dia de aula, e já vi muitos piscas-piscas nas varandas, gente com sacola pra lá e pra cá, dias longos, chuva de verão, calor, ventilador na sala, grilos cantando. É como se as pessoas florescessem junto com a primavera, sem perceber.
Ciclos recicláveis? Talvez. Meus planos de fim de ano estão sendo feitos: Amores eu guardo pro inverno e emails eu leio quando voltar a trabalhar, com a preguiça de fevereiro - que pode ser imaginada exatamente com a sensação que reclamamos da segunda-feira.
Dezembro. É como se uma aurora boreal de magia envolvesse o mundo todo, trocando suas expressões. Adoraria Roberto Carlos, e caridades o ano todo. Retrospectiva poderia explodir.
Os insetos trocam de casca, e nós trocamos de alma. Ah, o calendário é claro, troca de folha, só se eu quiser virar a página.