segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dias barbados chegaram. São como copos de vinho na sala de jantar, pós festa na manhã seguinte.

Amo calendários.
Sempre desenhei calendários com os próximos três meses nas ultimas folhas do caderno, principalmente no fim do ano - sempre há mais números coloridos; feriados, dias sem aula... Aquela coisa de informativo, e dias contados pra praia, natal. É! Estava voltando do ultimo dia de aula, e já vi muitos piscas-piscas nas varandas, gente com sacola pra lá e pra cá, dias longos, chuva de verão, calor, ventilador na sala, grilos cantando. É como se as pessoas florescessem junto com a primavera, sem perceber.
Ciclos recicláveis? Talvez. Meus planos de fim de ano estão sendo feitos: Amores eu guardo pro inverno e emails eu leio quando voltar a trabalhar, com a preguiça de fevereiro - que pode ser imaginada exatamente com a sensação que reclamamos da segunda-feira.
Dezembro. É como se uma aurora boreal de magia envolvesse o mundo todo, trocando suas expressões. Adoraria Roberto Carlos, e caridades o ano todo. Retrospectiva poderia explodir.
Os insetos trocam de casca, e nós trocamos de alma. Ah, o calendário é claro, troca de folha, só se eu quiser virar a página.