quinta-feira, 23 de julho de 2015

Ao horizonte e além...

Mais que a ciência, a utopia é quem desafia a existência humana diariamente. Eu falo isso porque é bom deitar a cabeça no travesseiro e pensar no que quiser. Difícil mesmo é enxergar a linha tênue entre nossos planos e a pressa da realidade que nos exige certo pragmatismo.Ser pragmático é simplesmente fazer o que tem que ser feito, e inúmeros sonhos não saem do papel ou nem mesmo da nuvem das nossas cabeças enquanto estamos sentados no sofá. 
Isso não é uma crítica aos acomodados e sim uma ode (ou quase uma) aos pragmáticos de bom senso, que sabem sonhar sem perder a prazerosa oportunidade de realização ou a admirável criação dela. 
Certa vez vi uma entrevista de Eduardo Galeano onde respondia o que era utopia. Como ainda não levantei do sofá e fui atrás de um conceito só meu, acabei pegando o dele emprestado, que de forma sensacional me tirou o peso da contrariedade entre essas duas realidades (ou necessidades?). Dizia assim:
“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
A utopia é quase um sentimento, é condição “sine qua non” do homem, é grátis e doce como o mel. Mesmo com tantas características confortáveis de vestir,  deixo o meu apreço caprichado ao pragmatismo, que nos leva a perfeição e quem sabe um dia, lá na frente, a "linha do horizonte" que chamamos de utopia.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Configurando a auto colaboração em 3, 2, 1...


Aquela história tá passada, “faça a diferença”, sorria na rua, faça social, ame seu próximo, finja que o mundo é flores. Peraí! Os dias que estou com TPM, terei que tentar agradar o mundo todo? “Por um 2013 cheio de planos...” Eu não! Desde que o mundo é mundo, isso nunca funcionou. Tudo depende do dia, não do ano. Olha, isso pode parecer estúpido da minha parte, mas existe coisa mais gostosa do que não se forçar a nada?
A realidade fatídica das relações interpessoais se resume em status, folga, ingratidão e gente querendo te sugar, sugar qualquer coisa, sabe? Energia, dinheiro, cigarro (que agora está louco de caro)... O mundo está lotado de “filões-de-qualquer-coisa”.
A indiferença sim, é o espaço mais sóbrio desse manicômio social. Entrar no estado da indiferença é quase que estar em um estado de graça. A indiferença não ilude, não engana. A indiferença tem a cara do preto e branco e só. Vestir a camisa da indiferença não é egoísmo. É solidariedade com os sentimentos alheios. Não que você precise ser estupido quando não estiver em um bom dia. Mas sorrisos tem preço, e tem gente que não dá pra dar a mão se não já viu, né?

domingo, 30 de setembro de 2012

Enquanto isso, no reflexo imutável sobre a normalidade...



Dias frios me remetem a expressão natural de pensamentos cinzentos, apenas cinzentos.
Ao instigar essas necessidades que nunca ocupam tempo e espaço algum, me encontro em busca dos sentidos - existentes ou não - das criações humanas, observando rapidamente pra não desencantar.
Prossigo com a graça da procura (tão incessante quanto), até encontrar análises de senso comum, facilmente entediantes... Eu paro! Paro pra construir novos olhos para as portas antigas da normalidade, não deixando que meus enredos cinzentos se tornem pretos.
Talvez eu queira ser mais uma em meio à multidão – assim a visão do diferencial se aguça em meio a tanta mesmice, como um velho pintor que transpõe de forma quase que imperceptível o vento na copa das arvores da sua mais nobre pintura, enfatizando seus mínimos detalhes...
Essas coisas estão aí pra que possamos reparar que a ponte entre o querer e a plenitude do tentar é muito mais do que distante.
O maldito vício do relativismo sempre deixando tudo pra lá: O complexo é tão completo que observar é tudo que (por hora) me basta.

domingo, 8 de julho de 2012

Decepção, um capricho não compreendido


É bom contemplar a forma que a vida passa – indo atrás desse bloco em busca das idéias que possam sugerir a nossa melhor forma de valer, sem preguiça dos banhos de vírgulas e interrogações.
Do presente que bate na porta todos os dias com algo a oferecer, até que é válido aceitar mesmo que esse seja um par de meias aparentemente inútil, ou um bibelô que irá juntar poeira na estante ao envelhecer.
Divago sobre ser ou não ser, e encontro muito mais que uma questão: Decido apreciar meu comodismo mental com a velha mania de escolha, acabo propondo um tempo pro próprio tempo pra que eu possa dizer logo pro tal do destino o quão sua serei, já que cansei de pensar tanto e também não quero me sentir pronta.
Minhas definições quase sempre dão certo, mesmo sabendo que o incerto é o nosso preço em ser. Essas coisas são boas de levar a risca, até abrir a porta e se deparar  com uma dessas surpresas desagradáveis, mas que tem cheiro e sabor de café fresco acompanhado da insistência de um despertador quando se quer 10 minutinhos a mais de sono.  Lá vou eu de novo?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nostalgia da imoralidade diferencial, onde você se esconde?

Noto e anoto certa freqüência ao encontrar minhas exigências nítidas perdidas no escuro daquilo que nem se quer experimentei. Seria um eu desconhecido me procurando?
Como poderia descobrir se toda noite durmo em busca da altura ideal pro meu travesseiro? Será que eu prefiro lapiseira 0.7, 0.5? Seria mesmo um lápis que faz meu tipo? Usar ou não usar meus perfumes escolhidos a dedo, que me oferecem completo enjôo todos os dias com suas variedades de clichês, clichês, clichês...?
Ainda procuro o silencio matinal oferecido por alguém, qualquer que seja...  Busco em meu interior o raro admirar ao ouvir essa falação diária, e tento não reparar tanto para que esse efeito instantâneo deixe de irradiar um pouco das 1001 impressões para o sistema em que... “Erro ao aplicar atributos.” E aí? Ignorar? Ignorar Todos? Tentar novamente ou Cancelar?
Meu trabalho mais repetitivo nos últimos tempos tem sido negar acesso, devido o numero de sistemas inúteis oferecidos por aí todos os dias e em todos os cantos...
Começando ou finalizando, em busca da condução ou perdição sempre acabo me deparando com um espelho e.. Olha eu de novo na minha melhor opção!